1) Operação do Software Wireshark
Um primeiro conceito importante que o leitor deve ter em mente antes de começar a operar esse software é que seu objetivo é trazer informações detalhadas sobre pacotes que foram previamente capturados em um ambiente em que exista uma rede de computadores. A ação de capturar/interceptar pacotes caracteriza uma atividade de escuta dos dados que trafegam na rede, por isso seu uso deve ser realizado por pessoal autorizado para fazê-lo no ambiente em operação, seja para simples monitoramento de conteúdo (a exemplo de conversas telefônicas via VoIP) ou mesmo para a identificação de problemas na rede para fins de otimização do seu desempenho. Esses são os propósitos do software e ele não deve ser utilizado sem autorização como sniffer de rede, o que caracteriza um ataque passivo de interceptação ao conteúdo da rede de computadores.
Normalmente há muito tráfego que chega nas interfaces de uma rede por meio de broadcast (ou outras tecnologias de transmissão) e que não são de interesse de uma interface específica, por isso o comportamento padrão é que somente o tráfego de interesse das interfaces é aceito, de forma que todos os demais pacotes são descartados. Esse é um comportamento padrão baseado na confiança que pode ser alterado através de um método que coloca as interfaces em modo promíscuo, um estado em que elas passam a receber e processar todos os pacotes entrantes/saintes.
O Wireshark organiza as informações de controle contidas nos cabeçalhos dos pacotes para facilitar o processo de leitura e análise técnica, no entanto é necessário que esses pacotes sejam previamente capturados em alguma interface de rede. Para fazê-lo o software utiliza bibliotecas que são responsáveis por colocar as interfaces de rede em modo promíscuo.
2) Características Técnicas do Arranjo Topológico da Rede
Logo nas primeiras aulas de redes de computadores os alunos estudam conceitualmente os principais dispositivos de interconexão onde são apresentadas as principais diferenças entre dois dispositivos concentradores: (i) HUB e (ii) Switch. Nessa ocasião os alunos aprendem que mesmo ambos os dispositivos sendo elementos centrais (concentradores) que criam uma topologia física de estrela, o modo de operação entre eles é distinto implicando em diferentes topologias lógicas, conforme pode ser observado na figura abaixo.
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